segunda-feira, 7 de novembro de 2016

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Rotação por estações na sala de aula

Construção da autonomia e responsabilidade!
Os alunos trabalham com autonomia seguindo as instruções das tarefas.
Hoje foram três atividades: produção de texto, estudo com exercícios sobre o sistema respiratório e um desenho com formas de relevo!!!!
Muito bom ver os alunos trabalhando dessa forma. Ficam comprometidos com suas tarefas.

domingo, 28 de agosto de 2016

Horário da biblioteca ao ar livre

Ouvir histórias é muito bom!
O quarto ano curtiu ouvir a história de Piraiaguara, um boto que vive na baía de Guanabara e é encantado com a cidade do Rio de Janeiro , apesar de toda a poluição da baía.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Estamos começando nosso segundo semestre!

Visitar museus na cidade pode ser um ótimo programa!!

Você visitou algum museu nestas férias?
Poste um comentário sobre seu passeio ao museu. Vamos compartilhar na sala de aula seu comentário.

Na nossa cidade existem bons museus!!!

No local onde foi Boulevard Olímpico tínhamos o Museu do Amanhã e o MAR ( Museu de Arte do Rio) .









Vamos fazer uma visita virtual ao MUSEU HISTÓRICO NACIONAL

Assista o vídeo a  seguir e descubra coisas interessantes sobre ele.

https://www.youtube.com/watch?v=riPWyL-7wLo

Depois faça o dever em seu caderno da página 63 do livro de História.




sexta-feira, 29 de julho de 2016

O 4° ano leu a biografia de Tomie Ohtake e se encantou com a cultura japonesa. Fizemos uma tarde japonesa com direito a gueixas, biscoitinho de arroz, arranjos florais, origami e ouvimos uma história deliciosa de Pilar no Japão escrita por Maria Rezende.






segunda-feira, 25 de julho de 2016

Atividade: Desenhando com as frutas



Depois de estudarmos sobre o aparelho digestório e alimentação saudável, comemoramos, juntos com o prof Danilo, o encerramento do conteúdo com uma bela refeição nutritiva: frutas!


Depois de fazer a higiene das mãos e dos alimentos, os alunos fizeram suas " pinturas" com as frutas! Verdadeiros artistas!


Agradecemos pela chuva e pelo solo, que fizeram dar os frutos. Agradecemos por nossas famílias, que acreditam e investem na educação. E então, nos deliciamos com nossas obras de arte!  



Olhem estas mais pertinho!!

Nossas obras de arte.

Preparando as tintas para nossa obra de arte.

Tudo pronto para começar nossa atividade

Um encontro muito especial

 A visita da autora e da ilustradora do livro " O diário de Pilar na África" foi recheada de risos, surpresas, descobertas e ... Muita diversão!! Flávia Lins e Silva e Joana Penna(ex aluna do colégio!) bateram um papo animado com os alunos do 4º ano, transformando a tarde fria de inverno num caloroso encontro de amigos! Muitas perguntas sobre Pilar, curiosidades, seus próximos destinos... Foi uma inestimável inspiração para os nossos alunos conhecer essas duas grandes escritora e ilustradora! Uma bela semente literária foi plantada em cada coração! Agora, é só aguardar a próxima viagem de Pilar, que, pelo visto, vai ser lá pelas bandas do Oriente... Até lá!



quarta-feira, 6 de julho de 2016

 Um relato sobre a viagem de Amir Klink



Partir
A situação a bordo era desoladora. O vento ensurdecedor, o mar difícil, roupas encharcadas, muito frio e alguns estragos. Pela frente, uma eternidade até o Brasil. Para trás, uma costa inóspita, desolada e perigosamente próxima. Sabia melhor que ninguém avaliar as dificuldades que eu teria daquele momento em diante. Estava saindo na pior época do ano, final de outono, e teria pela frente um inverno inteiro no mar.
[…] Finalmente, meu caminho dependeria do meu esforço e dedicação, de decisões minhas e não de terceiros, e eu me sentia suficientemente capaz de solucionar todos os problemas que surgissem, de encontrar saídas para os apuros em que porventura me metesse.
Se estava com medo? Mais que a espuma das ondas, estava branco, completamente branco de medo. Mas, ao me encontrar afinal só, só e independente, senti uma súbita calma. Era preciso começar a trabalhar rápido, deixar a África para trás, e era exatamente o que eu estava fazendo. […]
Não estava obstinado de maneira cega pela ideia da travessia, como poderia parecer – estava simplesmente encantado. Trabalhei nela com os pés no chão, e, se em algum momento, por razões de segurança, tivesse que voltar atrás e recomeçar, não teria a menor hesitação. Confiava por completo no meu projeto e não estava disposto a me lançar em cegas aventuras. Mas não poder pelo menos tentar teria sido muito triste. Não pretendia desafiar o Atlântico – a natureza é infinitamente mais forte do que o homem –, mas sim conhecer seus segredos, de um lado ao outro. Para isso era preciso conviver com os caprichos do mar e deles saber tirar proveito. E eu sabia como. […]



Uma foca solitária

Acordei no dia seguinte sobressaltado, dolorido após o esforço feito na véspera. Mal me lembrava de ter deitado para dormir. Encaixado no fundo da popa, eu não sentia o movimento do barco e só via o horizonte e as estrelas passando rápido pela janelinha. Mas, ao me levantar para ir ao trabalho, percebi que o mar piorara bastante durante a noite. Paciência! Agora era comigo mesmo. Tinha um imenso e desconhecido oceano pela frente que na verdade me atraía, e para trás, gravada na memória, uma fase dura, da qual não sentia a mínima saudade.
E comecei a remar. Remar de costas, olhando para trás, pensando para frente. Eu queria me afastar o mais rapidamente possível da costa africana. Avançava com dificuldade, devido às ondas que me molhavam a cada cinco minutos, mas não podia parar. Cada centímetro longe dessa região era de fundamental importância.
Sopram ali, o ano todo, ventos implacáveis, que movem as dunas do deserto da Namíbia e carregam a areia fina, deixando os diamantes à flor da superfície. Diamantes da mais alta qualidade (gem quality), lavados pelo mar e polidos pela areia, e em tal extensão que sua exploração é fortemente controlada e delimitada. É a “zona proibida dos diamantes”, que isola toda a costa até Walvis Bay e onde qualquer embarcação que se aproxima não tarda a ser apreendida. Nenhum veículo, por terra, ou ar, que ultrapasse seus limites pode sair dali. Por mar, a mesma coisa. Por outro lado, qualquer aproximação, ainda que de emergência, é impraticável, pois não existe em enorme extensão de litoral um único abrigo ou enseada acessível, ou livre de arrebentação.
Ao mesmo tempo, eu navegava na região que detém o recorde do maior número de naufrágios junto à costa, em tempo de paz, até 1945, de todo o continente africano. Não sem razão. Zona de ressurgência fria, com turbulências térmicas e ondas acima da altura média para sua latitude, a navegação por essas águas é dificultada por fenômenos anormais surgidos com as bruscas variações de temperatura. […]
De fato, nada colaborava para que eu achasse normal a paisagem à minha volta. Ondas completamente descontroladas, águas escuras, tempo encoberto, um barulho ensurdecedor. Por onde andariam as tranquilas águas azuis do Atlântico de que tanto ouvi falar? Sem dúvida, longe da África. […]
No fim do dia, ao me levantar para amarrar os remos e jogar a biruta no mar, antes de ir dormir, olhei para o horizonte e, em vez de mar, como imaginava, o que vi? As dunas do deserto! Durante a noite, enquanto dormia, o barco derivara de volta e eu me encontrava novamente junto à costa. […]
Naquela mesma noite fui acordado diversas vezes por ondas que golpeavam o barco com impressionante violência. O mar parecia ter enlouquecido e não havia mais nada que eu pudesse fazer a não ser permanecer deitado e rezar. Choques tremendos, um barulho assustador, tudo escuro; adormeci. E acordei, deitado no teto, quase me afogando em sacolas e roupas que me vieram à cabeça. Tudo ao contrário: eu havia capotado. Indescritível sensação. Estaria sonhando ainda?
Não. Alguns segundos, outra onda e tudo voltava à posição normal em total desordem!
Mal tive tempo de analisar o que se passou, e o mundo deu novamente uma volta completa, tão rápida que nem cheguei a sair do lugar. Lembrei-me da blusa verde, que ganhei da Anne Marie, solta no cockpit, e dos remos – estariam ainda inteiros no seu lugar? Impossível descobrir naquele momento. Precisava tirar a água primeiro. Não havia tempo para pensar. Sem que eu parasse um minuto de acionar a alavanca da bomba, o dia começou a nascer e pude então perceber o tamanho da encrenca. […]
Amyr Klink. Cem dias entre céu e mar. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.